El cuerpo de Alexandre Pereira Maria, de 37 años, fue
encontrado muerto dentro de un vehículo con marcas de tiro, en la carretera de
Curumau, zona oeste de Río de Janeiro, según reseñaron medios locales.
Pereira era asesor del concejal Marcello Siciliano y la
semana pasada había declarado como testigo por la muerte de Marielle Franco y
del conductor del vehículo Anderson Gomes. Además, era un líder comunitario que
identificaba las necesidades de los habitantes de la zona para luego llevar sus
demandas al parlamentario.
n equipo de la Comisaría de Homicidios de la capital hizo
una pericia en el lugar y se encuentra investigando las circunstancias de la
muerte. El cuerpo de Alejandro fue trasladado al Instituto Médico Legal donde
será examinado.
El crimen se produjo alrededor de las 20H45 local. Según los
testigos, previo a su ejecución, uno de los asesinos del exfuncionario gritó “a
este hay que callarle la boca”.
La concejal del Partido Socialismo y Libertad (PSOL),
Marielle Franco, fue asesinada el pasado 14 de marzo de un disparo en el auto
en el que se trasladaba en el centro de Río de Janeiro. Era reconocida por su
lucha en defensa de los derechos de los afrodescendientes, las mujeres y los
residentes de las favelas, las zonas más humildes de Brasil.
Telesur
Colaborador de vereador ouvido no caso Marielle é
assassinado no Rio
O líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, de 37
anos, foi morto a tiros, na noite deste domingo, na Taquara, na Zona Oeste do
Rio. O corpo foi encontrado dentro de um carro, localizado por policiais
militares do 18º BPM (Jacarepaguá) na Estrada Curumau, na localidade conhecida
como Boiúna. Agentes da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital fizeram uma
perícia no local.
Os investigadores já sabem que Alexandre era colaborador do
vereador Marcello Siciliano (PHS), ouvido no inquérito que apura as mortes da
vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Uma das linhas
de investigação é sobre o envolvimento de Alexandre com uma milícia. A relação
dele com o vereador também será alvo da investigação da DH.
O crime aconteceu por volta das 20h45m. De acordo com
relatos de testemunhas aos PMs do 18º BPM, pouco antes de atirar contra a
vítima, também conhecida como Alexandre Cabeça, um dos assassinos gritou: “Chega
para lá que a gente tem que calar a boca dele”. Depois, abriu fogo.
O corpo de Alexandre foi levado para o Instituto
Médico-Legal (IML), de onde, segundo a DH, deverá ser liberado nesta
segunda-feira. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.
A assessoria de Siciliano informou que Alexandre atuava
junto aos moradores de algumas localidades da Zona Oeste, onde era líder
comunitário. Ele identificava necessidades de quem vivia nessas áreas e as
repassava para o parlamentar.
Alexandre costumava usar um colete com o nome de Siciliano.
Aassessoria informou que todos os colaboradores fazem uso da vestimenta. Eles
assinam um termo de responsabilidade para isso. A assessoria esclareceu, ainda,
que todos os coletes são numerados.
Em seu perfil no Facebook, Alexandre dizia ser “assessor
parlamentar” de Siciliano e informava que havia começado no cargo no último dia
3 de abril. Ele também postava fotos do que chamava de fiscalização em obras
feitas a pedido do vereador.
Em nota, Siciliano lamentou a morte e se solidarizou com
parentes e amigos de Alexandre: “Foi com grande pesar que recebi a notícia de
falecimento do nosso colaborador Carlos Alexandre Pereira. Durante o tempo em
que esteve conosco, fez tudo pela sua localidade e estava sempre disponível
para ajudar no que fosse necessário. Me solidarizo com a dor dos familiares e
amigos. Podem contar comigo para ajudar no que for preciso”.
DEPOIMENTO NA SEXTA-FEIRA
Siciliano foi ouvido pelos investigadores da DH sobre o
morte de Marielle e de Anderson na última sexta-feira. O vereador — citado em
relatório da Polícia Civil sobre a influência da milícia em Jacarepaguá, nas
eleições de 2014 — chegou à delegacia por volta das 16h e saiu três horas
depois. Ele não quis dar detalhes de seu depoimento e afirmou que as
investigações estão sob sigilo.
— Fui convocado a vir aqui prestar esclarecimentos para
poder ajudar na linha de investigação que eles tomaram. Todos os vereadores
foram chamados a vir aqui. Estou à disposição. A Marielle era uma pessoa da
qual eu gostava muito. Sinto muito a perda dele e torço para que esse caso seja
esclarecido — afirmou, na ocasião do depoimento.
Desde o início das investigações da morte de Marielle, pelo
menos seis vereadores da Câmara Municipal já prestaram depoimento sobre o caso.
Parte deles é do mesmo grupo político de Marielle e foram chamados para ajudar
nas investigações, mas outros, segundo informações da especializada, são adversários
políticos da vítima.
O Globo
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